Melanie no Xanadu

                             

Madri - Parte 2

Continuamos nosso passeio no dia seguinte, onde pela manhã, tomamos um belo café no Museo do Jamón, Uma espécie de padaria-açougue onde se vende o Jamón, um produto tradicional espanhol obtido do pernil do porco. Os pedaços de carne ficam até dois anos suspensos para secar, e depois são fatiados em tiras fininhas para serem utilizados entre outros fins, no recheio de croissants deliciosos.... Tudo muito informal, a maioria das pessoas pede um sanduba e come em pé mesmo lendo o jornal ou batendo papo. Por volta das 9 horas o local lotou, depois foi ficando mais tranquilo... Suco de laranja natural feito na hora para a Mel e chocolate quente para nós, uma delícia.

Almoçamos no Mercado (que contei no post anterior) e aproveitamos o resto da tarde para visitarmos o Museo do Prado, que abriga, entre as de outros brilhantes artistas, obras de Goya e Velázquez. Um passeio cultural imperdível, mas bem cansativo. O museu é enorme, tem loja de lembranças, cafeteria e é possível escolher o quadro que mais gostou e levar uma cópia impressa (pagando alguns euros, é claro). A entrada foi meio salgada, mas tem 50% de desconto para estudantes. Não é possível entrar com mochilas, nem máquinas fotográficas. Para nós foi chato ter que voltar a portaria cada vez que a Melanie precisava de algo da bolsa. Também tínhamos que nos retirar das salas caso precisássemos dar um suco ou água para Mel. Nada de comer e beber perto dos quadros.

Na frente do Museu tem um parque lindo... vale a pena dar uma passeada pra relaxar!

                         

De tarde fomos visitar o shopping Xanadu, um dos maiores da Europa, não preciso nem dizer que passamos a tarde toda lá, olhando vitrines... Aproveitamos para jantar um Mc.

Dica:

Já tinha comentado que em Segóvia fizemos uma parada estratégica para acessar a internet e reservar um hotel em Madri. Desta forma, não corrermos o risco de demorarmos muito até encontrar um local para nos instalarmos e garantimos a reserva de um hotel ideal para nós, ainda mais viajando com a Mel. Porém... chegando no hotel que havíamos reservado, além de um mau atendimento, os quartos eram antigos e sujos. Na frente havia um hotel aparentemente bem novo e ótimo, resolvemos ir até lá e ver se tinha vaga. Não tinha.

Partimos para a segunda opção, procurar um novo hotel no booking.com (corríamos o risco de novamente reservar um hotel sem realmente saber como ele era). E não é que aquele mesmo hotel que não tinha vagas no mundo real, disponibilizava alguns quartos - e ainda mais baratos que a reserva presencial - para o mundo virtual! Prontamente reservamos os quartos e passamos a segunda noite em um hotel muito bom, barato e novo. Uma ótimo troca que só nos custou alguns minutos olhando a internet!! Vale a pena pesquisar muito bem estes sites!!

Mercado de San Miguel

                                                                     

O Mercado é lindo. Emoldurado em uma estrutura metálica e com paredes envidraçadas, tem bancas de peixes, flores, frutas, doces, vinhos, queijos...  A apresentação dos alimentos é linda, todos os produtos são de excelente qualidade e dispostos de forma decorativa.

No centro tem uma área pequena com mesinhas para refeições rápidas. Como as mesinhas são altas, e com banquetas, tivemos que ficar com a Mel no colo, para ela participar da refeição. O ambiente é agradável, mas ao meio dia, fica meio caótico e barulhento... a Mel tolerou bem, mas enfim, já está acostumada com barulho e movimento de pessoas. A Silvana, que não é muito fã de frutos do mar, e a Mel dividiram uma cumbuca de amoras, e o resto escolheu alguns petiscos e partiu para o ataque! Hehehe!

Abaixo os lagostins, que foram comprados crus em uma banca e preparados em outra. Muuuuito saborosos, mas muuuiitoo caros...

Na panela preta de ferro, o ensopado de escargot; no prato redondo um mix de mexilhões, polvo, lula e temperos, e no prato quadrado sanduiches abertos de diversos sabores (polvo, salmão, bacalhau) que têm o preço mais em conta e também são uma delícia. Tudo isso e um bom vinho...

O local tem várias bancas de venda e degustação de vinhos. Os vinhos tem preços diferentes para quem vai levar ou vai degustar no local, já que para a segunda opção são cedidos copos especiais. O seu João deu uma negociada e conseguiu o vinho e os copos pelo preço do vinho para levar. 

                             

Madri

Até agora estávamos visitando cidades menores, enfim, chegamos a Madri, a maior cidade da Espanha, com 3 milhões de habitantes. Para conhecer essa mega cidade, reservamos 3 dias.

As ruas do Centro são estreitas e não há lugar para estacionar. Os estacionamentos, praticamente todos subterrâneos, foram uma dificuldade... Quando entrávamos num deles era uma tensão geral se não íamos ficar entalados! Depois que a van estacionava eram só risadas! O Centro é grande, mas com boa vontade dá pra fazer a pé... Como nós fizemos a pé e com Mel, acho que é bem tranqüilo.

Em Madri, o tempo esquentou, e ficou daquele jeito chato, que no sol é quente e na sombra é frio... chegou a 29 graus. Saímos cheios de casacos e acabamos de manga curta.

A Plaza maior é um ponto de encontro, com artistas de todos os tipos, desde homens-estátua a pintores. Depois de uma bela caminhada a Mel estava com fome, e aproveitamos as mesinhas de um restaurante para ela mamar.

Seguimos a caminhada rumo ao Palácio Real. O palácio é a residência oficial do rei da Espanha, que atualmente optou morar em um palácio um pouco mais simples e utiliza este para festas e ocasiões formais. A riqueza das salas do palácio é tanta que chega a dar uma revolta. É muito ouro, mármore, tapetes, obras de arte... Não é permitido tirar fotos no interior do palácio, mas consegui uma foto da Silvana, tirada assim “de cantinho”... (coisa de brasileiro) que dá uma idéia da decoração do lugar. Enfim, dá pra encontrar fotos no Google também...hehe.

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Utilizamos pela primeira vez os Audioguias, um tipo de “walkie-talkie” que você aluga, por em média €5,00 e pode ouvir a descrição de todos os monumentos do local visitado...Quase todos os lugares tinham. Bom para escutar só o que interessa e não perder tanto tempo em algumas visitas. Em alguns lugares se encontra em Português (o de Portugal – que não é muito bom), preferíamos os em Espanhol ou Inglês.

Enquanto conhecíamos o interior do Palácio Real, o Bis e o João foram para um café próximo com a Mel, ela tirou uma bela soneca. Depois nos reunimos lá para fazer um lanche, já que não tínhamos almoçado. Aproveitamos para trocar a Mel, trocar suas roupas que tinham molhado e dar para ela tortillas (tipo um quiche de batata).

Seguimos nossa caminhada pelo centro... O mercado de San Miguel foi um achado. Descobrimos o lugar no final da tarde e voltamos no outro dia para almoçar. Cheio de brasileiros, é um festival gastronômico. Muito limpo e organizado, tem o mesmo objetivo, mas não lembra nem de longe o nosso Mercado Público... Lá você encontra os ingredientes de tudo que precisa e logo ao lado um lugar que prepara tudo para ser degustado na hora. O forte são vinhos, queijos e frutos do mar (o mercado é tão legal que falarei apenas sobre ele no próximo post).

Seguimos viagem rumo a Porta do Sol, onde fica a “modesta” estação Sol (dá um “look” na entrada da estação). Nesta praça tem a famosa escultura do ursinho na árvore, ou urso que está comendo morangos, ou simplesmente a estátua do urso, que está bem a frente do edifício mais famoso de Madri, o edifício do Tio Pepe.

Na Porta do Sol, está a também famosa escultura de Carlos III em seu pingo e o Marcador do Ponto Zero, que é o ponto inicial de 6 auto-estradas da Espanha. Este tal de marco zero é no asfalto, e acabamos não achando, hehe.

Depois de conseguirmos tirar nosso carro da garagem...demos uma paradinha na Plaza de toros. Infelizmente não foi possível entrar. Dizem que em Madri a população é mais consciente e não tão a favor das touradas, mas enfim, a cultura também é forte por lá. Tinha programação completa para o próximo mês.

Ainda deu tempo para um passeio futebolístico... Mesmo para quem não é muito ligado em futebol, vale a pena visitar o Estádio do Real Madrid, Santiago Bernabéu. O passeio comprado por € 15,00 permite visita aos gramados, sala de troféus, vestiários e sala de imprensa... Esse não deu para ir com a Mel, o tour é longo, demoramos 1 hora e meia para percorrer todo o trajeto.

No próximo capítulo post tem mais Madri...

Sabe aquela sensação de que está faltando alguma coisa...

A Letícia Teixeira de Venâncio Aires – RS comentou que tem medo de esquecer de levar alguma coisa importante na viagem... É mesmo tanta coisa, que por mais que a gente se programe, fica sempre a sensação de que faltou algo, hehe.

Para a Mel utilizamos o check list. Ele surgiu no verão, quando íamos para a praia no final de semana. Na sexta era corrido, e tinha que arrumar tudo rapidinho para tentar sair antes do trânsito. Aí entrava em ação a nossa listinha, que era conferida antes de sair. É bom arrumar as malas em mais de uma pessoa, e começar a arrumar, se possível, algum tempo antes da viagem. Diariamente, vai se precebendo o que é importante levar e vai se separando.

Enfim, ai vai nossa listinha. Para copiar, riscar e adicionar itens conforme a necessidade de cada bebê:

CHECK LIST MEL:

 

FRALDA DESCARTÁVEL

LENÇO UMEDECIDO

POMADA ASSADURA

TROCADOR

SUCO

PAPINHA

REMÉDIO PARA DOR (CÓLICA)

NO MÍN 1 BRINQUEDO COM BARULHO

REPELENTE

PROTETOR SOLAR

BICO

TOALHA FRALDA GRANDE

TOALHA FRALDA PEQUENA

BABEIRO NORMAL
BABEIRO DESCARTÁVEL

COLHER DE SILICONE

ROUPA LIMPA

TOALHA DE BANHO

SHAMPOO

TALCO

SABONETE

CREME HIDRATANTE

BOLSA TÉRMICA

TIRA-LEITE

POMADA PARA PICADA DE INSETOS

RINOSORO

BOLSA TÉRMICA GEL (CÓLICA)

MEIAS

SAPATOS

ROUPAS VERÃO (NÃO ESQUECER REGATAS)

ROUPAS INVERNO (NÃO ESQUECER SEGUNDA PELE)

COBERTOR

JOGO DE LENÇOL (CAMA)

TRAVESSEIRO ANTISUFOCANTE

LENÇOL PARA CARRINHO

FRONHA

CANGURU

CARRINHO

MOSQUITEIRO

CADEIRA PARA REFEIÇÕES
DVD PORTÁTIL + FILMES
MAMADEIRAS
TIRA-LEITE
LEITE EM PÓ

Depois de passarmos a manhã em Ávila, seguimos viagem rumo a Segóvia, minha favorita.

No meio do caminho paramos para almoçar, a Mel estava dormindo de novo mas desta vez foi colocada no carrinho e levada junto. Deu uma boa dormidinha durante o almoço.

Almoçamos em San Rafael uma comida ótima. Chegamos morrendo de fome, e o vovô João logo viu que em uma mesa um grupo de pessoas estavam comendo “buchada”, ou “tripada”. O garçom prontamente informou que a buchada tinha acabado, mas que eles tinham uma sopa ótima de “oreja de cerdo”, deliciosa... Enfim, chegou a sopa de orelhas de porco. Todo mundo viu que o negócio estava meio estranho, mas o seu João continuava a dizer que estava bom... Até que a Silvana resolveu experimentar... As orelhas vinham inteiras, boiando num molho, e casualmente a que ela pegou tinha até uns pelos... (arrggg). Aí todo mundo resolveu provar. Dava pra sentir todas as camadas da orelha na mordida, a pele, a cartilagem, e a pele de novo. Depois de todo mundo passar mal ele se sentiu mais a vontade de dizer que era ruim mesmo e trocar o prato por uma sopinha, hehehe! A Mel se deu bem, encarou um pãozinho e uma papinha Nestlé.

Depois das orejas seguimos viagem e logo chegamos em Segóvia. A entrada da cidade é uma coisa. Na chegada, nos deparamos com o Aqueduto, ponto mais famoso da cidade, que dá ares de um portal de boas vindas aos visitantes... Uma estrutura de 29 metros de altura que abastecia a cidade nos séculos I e II.

A cidade é alta, na chegada percebemos que o centro era uma grande lomba e que teríamos dificuldades de subir o trajeto com a Mel, carrinho, sacolas,casacos. Procuramos estacionamento na parte alta, mas não tinha, apenas um subterrâneo que nossa van não entrava por ser alta demais... (Aliás, isto foi um problema em vários lugares). Assim, subimos de carro, o Rodrigo e o Bis nos deixaram na parte alta, e estacionaram na parte baixa. Sozinhos os dois subiram a “lomba” e nos encontraram para que fizéssemos juntos o trajeto centro abaixo. É uma delícia transitar por Segóvia, as ruas são românticas, o centro é cheio de lojinhas e é tudo muito florido. As tulipas que enfeitam a entrada da cidade junto do aqueduto parecem de plástico...

Na frente da catedral uma legítima senhora espanhola nos vendeu uns lenços espanhóis lindos por um valor bem salgado...e que depois descobrimos estavam superbaratinhos em Madri, hehe. Acima a Mel enrolada em um deles.

No meio da caminhada paramos para dar uma descansada e tomar uma água num restaurante bem típico, com azulejos decorados (tem ajulejos decorados por tudo! – lindos por sinal).. Mas não peça água com gás, porque ela tem o gosto salgado, muito estranha... Ou peça, para experimentar, hehe.

No final do dia paramos em um bar para acessarmos a internet em busca de um Hotel para ficarmos em Madri, nossa próxima parada. No bar encontramos um brasileiro, gaúcho, que foi muito simpático e como já era de praxe, prontamente lavou as mamadeiras da Mel e nos deu um suquinho. Ficamos um tempo por ali batendo papo, e comendo uns petiscos enquanto o Bis e o Rodrigo garimpavam um Hotel no Booking.

Depois de tudo orgazinado, demos uma última volta de carro, onde passamos pelo Alcazar de Segóvia - mágico. Além de ser a residência oficial do reis de Castilla, foi o castelo que inspirou Walt Disney ao criar o castelo da Cinderela... Ele tem torres pontiagudas e esta a beira de um penhasco.

Na saída da cidade passamos pelo arco de La Fuencisla, um monumento do ano de 1700, lindo, depois de restaurado no ano passado.